Sábado, 14 de Março de 2009
A motivação de um líder

É possível identificar cinco "métodos" de motivação pessoal que lhe podem dar uma ajuda. Os dois primeiros estão relacionados com o orgulho. Em tempo de incerteza é natural sentir que não tem todas as respostas, por isso, é uma boa altura para dar espaço à humildade. Ela faz com que o líder se mantenha de mente aberta a ideias de todos os níveis, independentemente do nível hierárquico. No entanto, para se o líder se manter motivado, não pode abandonar a confiança. É preciso pensar diariamente: "Não vai ser por minha culpa que a empresa vai à falência. Nem permitirei que tal aconteça".

O segundo tipo de orgulho é institucional. Já vimos líderes motivarem-se periodicamente descurando a rotina diária e concentrando-se na esfera mais ampla da missão da empresa. Assim como Washington teve de arrancar forças pensando no propósito superior da revolução americana, o líder também deve ressuscitar a sua energia lembrando-se de todos os objectivos que a empresa já conquistou, e para onde terá de caminhar depois da nuvem negra desaparecer. As recessões quase sempre são acompanhadas de demissões. Nessas ocasiões, há líderes que tendem a distanciar-se dos funcionários - acham difícil ter de lidar com gente que, provavelmente, terá de despedir.

Mas não faça isso. É vital a energia que ganhamos no momento em que nos mostramos receptivos aos receios das pessoas e ouvimos o que elas têm a dizer. Faça de tudo para se manter atento. Os seus colaboradores podem reforçar a sua determinação de sobreviver - mesmo por eles

Outra estratégia de motivação pessoal que já tivemos a oportunidade de verificar em líderes consiste na exploração de sua curiosidade intelectual. Eles encaram o desafio que têm pela frente não como uma missão impossível, mas como um desafio interessante a ser resolvido.

Em último lugar, o líder para se sentir motivado terá que permitir que os outros o conheçam melhor - procurando apoio nos amigos e colegas e usufruindo da sua companhia. Deixe que a opinião sincera deles a respeito de suas habilidades alimente sua confiança e lhe dê forças. O velho ditado, "Quem está no alto está só", é conversa fiada. Quem está no alto só fica sozinho se quiser ficar.

Em suma é muito fácil encontrar motivação em tempos de prosperidade. Já no calor da crise é preciso ir mais fundo para encontrar a "alma invencível", de forma a partilhar a motivação e a força com as pessoas que mais precisam do líder.



publicado por joselessa às 18:32
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Um erro de Sócrates

O Congresso-espectáculo de Espinho serviu para consagrar José Sócrates como senhor absoluto de um PS rendido à sua vontade e à perspectiva de, com ele, ficar mais quatro anos no Governo. Nada de estranho nem de inesperado. Os partidos orientam-se pelo poder e qualquer outro na situação actual do PS teria o mesmo tipo de comportamento, mais ou menos acrítico, mais ou menos unanimista.

Os delegados aos congressos são o corpo de qualquer máquina partidária e o que a do PS fez em Espinho foi dizer que, apesar de todos os desaires e peripécias, Sócrates continua a ser a sua aposta. Desde logo, porque ainda mantém, por mérito próprio e demérito alheio, um capital de confiança invejável, se as sondagens valem alguma coisa. Depois, porque as maiorias absolutas tendem a projectar de tal forma os seus líderes, que estes acabam por 'secar' tudo à sua volta, como se dizia de Cavaco Silva quando chefiava o PSD e o Governo.

Este efeito perverso recai, em primeiro lugar, sobre o próprio partido, onde os virtuais concorrentes ou simples discordantes enfrentam - e não forçosamente por medo - as maiores dificuldades para encontrarem espaço e condições para se afirmarem.

Manuel Alegre percebeu isso mesmo e daí não ter ido a Espinho. Mas, por mais absurdo que nos pareça alguém aceitar pertencer à Comissão de Honra de uma reunião deste tipo para depois nem sequer comparecer, sem que se conheçam impedimentos atendíveis, a sua badalada ausência serviu ambas as partes. Serviu o próprio Alegre, porque manteve e até aumentou as suas distâncias em relação à liderança - seja apenas para manter o 'jogo' de pressão dos últimos anos seja para se afastar, de facto, do partido. E serviu igualmente Sócrates, porque, se tivesse ido ao Congresso, Alegre não podia limitar-se a ouvir. Assim, poupou a direcção do PS a uma chuva de críticas, permitindo-lhe sair de Espinho com um partido na aparência unido e mobilizado em torno do líder. E ofereceu-lhe ainda a possibilidade de fazer o papel de uma liderança generosa e tolerante, que não deixa de convidar os adversários ausentes para os órgãos partidários.

Neste quadro, não admira que, além da indicação do cabeça de lista para as europeias - um candidato forte e combativo que fala para a esquerda, como convém ao PS nesta fase - a direcção socialista tenha visado inimigos externos, até para reforçar ainda mais a coesão interna. E assim vimos o Bloco de Esquerda declarado adversário principal do partido e os media inimigos figadais do seu líder. O primeiro tem agradecido a promoção e é de toda a justiça que o faça porque António Costa reconheceu-lhe o estatuto que há muito almejava. Quanto aos jornalistas, habituados a serem bombos da festa de políticos em dificuldades, já pouco estranham. Mas a verdade é esta: por mais razões de queixa que Sócrates possa ter de um certo jornal ou de um tal canal, o caso Freeport não foi inventado pelos media. E mal seria que estes se sentissem inibidos de o tratar, independentemente de uns o fazerem com mais responsabilidade e rigor do que outros, como sempre acontece.

O mais sério e problemático para o país não é que os media publiquem faxes ou cartas rogatórias em segredo de Justiça. O mais sério e problemático é que aqueles que têm a obrigação legal de guardar esses segredos não cumpram a função que lhes está confiada. São eles que cometem o primeiro e decisivo crime. O crime sem o qual, como o primeiro-ministro bem sabe - e por isso a sua sanha antijornalistas é um erro sem sentido -, nenhuma 'campanha negra' poderia ser alimentada.

Males menores

Se exceptuarmos Fernando Ulrich, que normalmente diz o que tem a dizer de modo que toda a gente percebe, os banqueiros são lacónicos e usam uma linguagem complexa que escapa ao comum dos mortais. Daí que os gestores da Caixa Geral de Depósitos tenham precisado de duas semanas para explicar a compra de acções da Cimpor, muito acima do preço de mercado, ao empresário Manuel Fino. Um "mal menor" para a Caixa, diz agora o seu presidente. Mas, além de lacónicos, os banqueiros cultivam um notável espírito de corpo. Tanto que nenhum gestor da CGD pôs em causa as decisões dos antecessores que emprestaram 500 milhões a Manuel Fino e sabe-se lá quantos milhões mais a outros 'investidores' para os aplicarem... na Bolsa. Mais grave ainda: nenhum se comprometeu a não realizar operações semelhantes no futuro, de modo a evitar 'males menores' como o que agora teve de ser corrigido com essa ninharia que são, para os gestores da Caixa, 62 milhões de euros.

 

 

Fernando Madrinha - EXPRESSO



publicado por joselessa às 18:22
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Sexta-feira, 13 de Março de 2009
MARIO CRESPO ENTREVISTA MEDINA CARREIRA...

 http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/3/mario-crespo-entrevista.htm

 

 

SE VIU A ENTREVISTA NA SIC, VOLTE A VER, SE NÃO VIU, VEJA QUE VALE A PENA.



publicado por joselessa às 23:28
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SE GOSTAS DE ANGOLA LÊ...SE NÃO, LÊ NA MESMA

Todo-o-terreno: de Luanda à Foz do Cunene
Seis províncias, seis maravilhas
O raide TTT (Turismo Todo-
-o-Terreno) 2008 teve como destino a foz do rio Cunene. O trajecto estendeu-se pelo Kwanza-Sul, Benguela, Namibe, Huíla, Huambo e um pouco de Kwanza-Norte. foi o dar de caras com imagens que fazem desta terra um lugar abençoado. Tudo o que o resto do mundo tem Angola tem. Bem, neve não há, mas no frio de Junho, no Lubango, forma-se uma película de gelo nas superfícies vidradas e nas folhas das plantas. De repente vivemos, com mais beleza, paisagens das que apenas se vêm nos filmes e pela televisão, depois de montadas e enlatadas para nos impressionar. Aqui é tudo ao vivo. É belo, simplesmente. E não há fotografia que faça justiça.
Mas as paisagens não são tudo. Há a gastronomia. Se na costa os mariscos fazem as delícias, cozidos, assados, com ou sem jingungo, a caldeirada de cabrito, os lombis, a batata doce, a cabidela, o lombo de javali e a feijoada, fazem com que nos percamos pelo estômago, no interior do país. A caldeirada de cabrito, não se percebe se pela vegetação que alimenta os animais, se pelo pimento, a verdade é que sofre pequenas variações de região para região, qual delas a mais saborosa? No Namibe, o peixe tem sempre outro sabor, como o reservado apenas aos deuses. 
Há a ternura grátis no olhar das crianças das aldeias e vilas, como se toda a gente fosse família. Ficou longe, para trás, a imagem de crianças andrajosas e subnutridas com que Angola era reconhecida. Eram imagens a pedir uma oportunidade. Uma oportunidade de paz. A que hoje nos permite correr o país e tornar mais estreito o abraço às suas diversidades.
Por favor, asfalto não
Os 19 carros da caravana 
raide ttt (Turismo Todo-
o-Terreno) que juntou angolanos e portugueses, jornalistas, políticos e militares (o chefe do estado maior da força aérea portuguesa também participou), percorreram uma extensão de 4500 km. Havia um rádio em cada automóvel (Nissan Hardboby) e, de repente, as reclamações começaram no trajecto Luanda-Benguela. Onde estava afinal o tal de todo o terreno? 600 km de asfalto, que brincadeira é essa? Pois, as estradas que até há dois anos pareciam coadores que nos passariam para lá da vida estão agora a vestir-se de preto liso. É bom para tudo menos para aventureiros… irónico, este sentimento de que para apanhar buracos é agora uma aventura. Adiante. Mas atenção que isso não é em todas as estradas do país. Há ainda muito por fazer. Foi numa estrada rota que seguimos de Benguela ao Namibe, antes que se fosse trocar também. Depois do Dombe Grande, foi o deslumbramento, todo o terreno, finalmente. Tudo pedra, é melhor assim. Por sorte não se partiu qualquer diferencial e deu para chegar à Lucira com o pôr-do-
-sol. É proibido chegar-se à Lucira fora desta hora. É um arrebatamento tal que apetece montar aí casa, parar o tempo e ser eternamente feliz. Antes, fora o encontro com chimpanzés que observavam do alto da montanha os tolos que se tinham perdido numa estrada de pedras.
No grupo havia dois veterinários, um deles, Carlos Magalhães, é apaixonado por répteis e foi director do parque nacional do Iona, de 1972 a 1975. A viagem estava ganha, em termos de explicações sobre a fauna ao longo do percurso. O parque do Iona, criado nos anos 50 do século passado, tem 1200km2. O soba Catraio é o soba grande da área e vive junto ao rio Sarojamba, um afluente do Curoca, cuja água tem 40 por cento de sal. Soube-se que a águia-real, também no Iona, é o maior pássaro a voar no mundo, a abetarda chega aos 150 cm de comprimento…
Maior oásis do mundo
Bem no deserto do Namibe, perto da estrada para o Tômbua está o oásis das três torres – o maior lago do mundo num deserto – é um pequeno mar. Ao lado vive uma família (30 pessoas) cujo patriarca é bisneto de escravos vindos do Bié, do Bailundo e do Kwanza-Sul. O Soba Rogério, que tem 63 anos, fala kimbundo, umbundo e mukubal. A chegada a este sítio foi uma gentileza do general Lanucha, um cidadão do Namibe que apresentou ao grupo 
o restaurante Beira Mar, 
junto às Portas do Mar. 
Inventou-se lá o sabor 
da boa lagosta assada.
A aventura, no entanto, apenas o é quando se chega à Omauha (pedra em Curoca). No lodge Omauha, outra vez o deslumbre. Comer num restaurante que é uma caverna no interior de uma pedra, ver as estrelas à noite, aquecer-se, virar as costas ao frio em frente a uma fogueira. E na manhã seguinte um safari para ver orixes, cabras de leque, avestruzes.
Seguem-se as dunas, vazar os pneus e seguir em alta velocidade até ao sítio onde termina o país, bem no canto sudoeste. A instalação é no Lodge Flamingo, com a protecção próxima da tropa guarda fronteira. Depois é ir ver os pelicanos e os pescadores e seguir rumo aos norte a beira-mar. Pneus vazios e rolar com as velocidades mais altas. À direita, uma parede de dunas e à esquerda, o mar. O tempo é contado, se se pára o carro enterra e se enterra a maré sobe, se sobe leva o carro. É o máximo que se pode exigir em termos de aventura. Perto de 400km de fuga e com a Baía dos Tigres, deserta a acenar, como que dizendo "Aventura, aventura, é vir à ilha que já foi cabo, que se isolou e guarda os canídeos mais famosos de Angola". Os edifícios estão lá, vêm-se da costa. À espera de quem for capaz.
Uma aventura no sudoeste angolano

A terceira edião do raide turismo todo-o-terreno cobriu as zona ocidental e sul do país. O mapa mostra o percurso que levou os participantes ao Sumbe, Lobito, Catumbela, Lobito, Lucira, Namibe, Omauha, Foz do Cunene, Tombwa, Lubango, Matala, kaconda, Caála, Huambo, Waku-kungo, Kibala, Kalulu, Dondo e Catete. O percurso permitiu o contacto com a grande variedade cultural e paisagística das zonas visitadas.
A aventura no deserto e na foz do Cunene
Pode começar por um telefonema à administração do lodge Omauha - hotel na pedra (264266096,  923568442 ou 923452748; Álvaro@omauha.com)ou ao Flamingo - acampamentos na Espinheira e na Foz do Cunene (925667962 - Ned). Ambos recebem grupos, com ou sem carro próprio. Levam os turistas do aeroporto do Namibe ou do Lubango à Foz do Cunene e ao parque do Iona. 
Em todas as cidades há hoteis de qualidade aceitável.


Partir à descoberta de Angola tem tudo o que um aventureiro pode exigir. Nissan, TAAG, ENSA, TDA, Sonangol, UNITEL, Expresso 24, Governo do kwanza-Sul e câmara de Almada apostam em novas rotas turísticas.


Miradouro da Lua, à saída de Luanda, para o sul. 
É só uma pequena amostra das belezas que Angola tem para quem a percorra.


O barco do Kwanza Lodge, na barra do Kwanza. Almoço e um passeio pelo rio …


Toda a gente que vai do Sumbe ao Lobito tem esta fotografia … mas é mesmo um bom postal…


Na Caota, em Benguela. A água é mesmo límpida e quentinha. Ondas há poucas. É uma piscina com tamanho de mar.


Praia da Macaca, perto da baía Farta, 
em Benguela. Só lá indo…


Matrindindi. O insecto todo o terreno que é o símbolo do TTT, tem uma couraça na cabeça (que nos leva à "Guerra nas Estrelas" de George Lucas).


Crianças na Baía Farta, são o maior encanto de Angola.


Início do verdadeiro todo-o-terreno, depois do Dombe Grande, em direcção à Lucira.

 

Dombe Grande (Benguela). Aulas à sombra 
das arvores, para os meninos da iniciação. Fresco e silencioso… que inveja.

Lucira. Sem montagens e sem truques. É a cor do por-do-sol, enfeitiça.


Porto do Namibe.


Lago das Três Torres. O general Lanucha, um kwanza-sulano que pegou de estaca no namibe, diz que é o maior lago do mundo num deserto. É mesmo grande. A foto mostra apenas uma parte.


Igreja da Sé (Namibe), património cultural.


Uma das torres que circundam o lago 
das três torres.


Aldeia do soba Rogério, cujos bisavós vieram como escravos, do Bié, Bailundo e Kwanza- Sul.


Cabo Negro. Um ensaio para aprender a guiar no deserto. 95 % dos carros enterrou. Sorte é que era perto 
da cidade.


A caminho do parque do Iona, no meio de nada há um cone de pedras. Diz a tradição herero que é o túmulo dum soba. O viajante deve depositar uma pedra para ter sorte. Já não há pedras no raio de 200 metros.


Uma Welwitchia gigante … ou várias welwitchias sobrepostas?


Omauha significa pedra. É na pedra este restaurante do Lodge Omauha.


Paisagem plana que se perde de vista, deve ter sido um mar, há milhões de anos.


Escorpião. A partir deste encontro foi 
a multiplicação de olhos … atenção 
e medo a dobrar …


Rio Sarojamba, (água salgada) marca a entrada no parque 
do Nacional do Iona.


Cabras de leque. Felizmente avistam-se muitas, tal como Orixs, avestruzes … e escorpiões.


A garganta do Mota. Um estreito numa área imensa de lâminas de xisto. Uma paisagem verdadeiramente extra-terrestre.


Zona da Espinheira. Instalações da administração do Parque do Iona.


Na precipitada fuga de 1975, rumo à Namíbia e à África-do-Sul, um colono perdeu o seu Ford. Deve ter sido uma máquina na altura, tinha mais de 2000 de cilindrada.


Chegada à zona das dunas. Faltam duas horas  e pouco para a chegada à foz do Cunene. 
O que se vê a frente intimida.


A duna do lado de lá do rio já é Namíbia. Vista do acampamento Flamingo. O guia chama-se Ned, está sempre a rir. Suaviza 
a dureza do passeio.


Mais um quilómetro e estamos no local em que o Cunene encontra o mar. Emoção sem medida.


Pelicanos, patos e outras aves 
na foz do Cunene.


Início do regresso rumo ao norte, sempre pela costa.


Areia, areia e areia, dunas, dunas e dunas. Qual Dakar qual quê! Agora é Namibe.


Mexilhões na costa. Uma imensa riqueza por explorar.


Fuga contra-relógio. São 400 km de praia com uma parede de dunas. Acaba por ser uma longa garganta que a maré alta cobre. Ou se corre ou a maré fica com o carro.


A Vanessa Seafood. Diz-se que ficou na primeira viagem. Assentou na areia. 
Com o mar não se brinca. Chispa!


Encalhou. Ganha-se consciência de que se tem de andar depressa.


Apesar das vertigens … fenda da Tundavala, desta vez sem névoa. Mais que um arrepio é um encanto a 2246 metros de altitude.


Meninas Mumuílas. Nota-se que o mar ficou atrás, estamos no Lubango.


Kwanza-Sul. Bicicleta significa que já se vendeu alguma coisa da lavra.


As pedras do Waku-Kungo …


Waku-Kungo. Uma anhara traiçoeira: tudo verde por cima e tudo lodo e água por baixo. Zona de muitas aves de grande porte e hipopótamos.


Igreja de Santa Comba Dão no Waku-Kungo. Réplica de uma igreja de Santa Comba Dão, em Portugal.


Aqui eles ainda fazem fila antes de entrarem na sala de aulas. Cantam o hino …


Há esperança de sorrisos para Angola.


Forte da Kibala. Ainda lá está uma pequena unidade militar.


Depois da serra da Cabuta. O rio Kwanza por baixo da ponte Filomeno de Câmara (nome colonial), a caminho do Dondo.


O grupo de aventureiros que muito agradece à TAAG, UNITEL, Sonangol, TODA, Cuca, Eka, Nocal, ENSA, Expresso 24, Banco Keve, Governo provincial do Kwanza- Sul e Câmara Municipal de Almada.

 

 

 



publicado por joselessa às 23:15
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Sábado, 7 de Março de 2009
Roberto Carlos - As baleias (1981)

http://www.youtube.com/watch?v=Fn9lIHw0_7Q



publicado por joselessa às 15:41
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Um tónico contra a crise

Atordoados pela crise, já não sabemos receber boas notícias. O pessimismo tornou-se um tique. Quando perguntaram a Churchill porque é que ele era optimista, ele respondeu que não via a utilidade do contrário.

No meio de tanta coisa a correr mal, há hoje um sector para o qual se pode olhar com entusiasmo: o das energias renováveis.

O mundo tem vivido numa condição energética assustadora porque os seus recursos tradicionais estão a chegar ao fim e porque a sua exploração nos tem dado cabo da saúde, da bolsa e do planeta.

A velha condição energética mundial do último século e meio, baseada em energias não renováveis e sobretudo fósseis, é literalmente fatal. É a ela que podemos apontar o dedo pela ruína ambiental e pelas pavorosas guerras que tem gerado.

Desde tempos imemoriais se sonha e se fantasia com uma energia não suicida, mas nunca como agora ela se revelou viável - económica, social e ambientalmente. Os recursos de que dispomos hoje para produzir quantidades imensas de energia sem prestar 'tributo à morte' são notáveis.

Portugal, que nunca mais se cansa de gemer e fungar a sua lamúria, tem nisto um bilhete premiado. Sol, vento, mar e até água não faltam por aqui. Acresce que, desta vez, não só temos os recursos como estamos a começar a ter os meios tecnológicos, científicos e também industriais.

Já não somos internacionalmente só o país pitoresco do vinho do Porto e da sardinha em lata. Agora podemos passar a ser também um exemplo sério no sector das renováveis. O velho padre Himalaya, que em 1904 ganhou um galardão na Exposição Internacional de St. Louis com o seu forno a energia solar (o pirelióforo), lá onde se encontra, há-de estar a abençoar as novas gerações por, um século depois, darem finalmente tão bom destino à sua visão e ao seu genial invento.

E se o país precisa!

A nossa condição energética é ruinosa. Gastamos muito mais energia do que os outros parceiros comunitários para a fraca produção que temos. O nosso parque habitacional é um cesto roto do ponto de vista energético. E a nossa política de mobilidade uma catástrofe rodoviária sob vários pontos de vista.

Há que aproveitar para mudar vícios e erros insustentáveis e activar sectores que, aliás, estão hoje em veloz expansão. Na eólica já produzimos 10% da electricidade que consumimos e estamos prestes a duplicar este valor, levando desenvolvimento a zonas mais pobres, aplicando conhecimento e fabricando tecnologia que exportamos.

A produção de electricidade a partir da ondulação marítima dá já os primeiros passos e no sector da biomassa existem óptimas oportunidades de produção. No biogás idem. Nos biocombustíveis a pesquisa avança para matérias-primas que não são utilizadas na alimentação (microalgas, jatrofa). Nas hídricas temos um forte antecedente com possibilidade de modernização e melhoria de eficiência, sem necessidade do programa faraónico de onze grandes barragens.

No solar, então, temos enormes vantagens. Para ele foi anunciado pelo Governo um pacote de benefícios fiscais e apoios directos para a colocação de painéis de água quente solar em 2009 (50% encargo do Estado e 30% descontado no IRS). Esta medida liga-se à eficiência energética dos edifícios e, também aqui, foi garantida a realização de auditorias e obras nos edifícios públicos a partir de Março...

Sem poupança de energia, nunca haverá produção que chegue para suprir as nossas carências. E é enorme a oportunidade de emprego e de negócio aberta pelo recondicionamento energético do nosso parque edificado, incluindo o turístico e o público (isolamento térmico, água quente solar, eficiência na iluminação, reabilitação). São obras que activam a economia e que têm futuro.

Em conjugação com tudo isto, temos ainda a microgeração, segundo a qual cada consumidor de energia eléctrica pode passar a ser também um produtor.

Contudo, a complexidade de todos estes processos é tanta que há ainda um enorme caminho a percorrer. Em matéria de política energética, não basta conjugar recursos naturais e tecnológicos com circunstâncias económicas e políticas favoráveis; é preciso igualmente assumir as dimensões sociais da sua implementação. As mais magníficas intenções podem resultar nos maiores absurdos, se não for considerado o 'factor humano'.
Esperemos que o hábito errado de executar planos e medidas tratando a questão social como uma matéria fútil, que meia dúzia de procedimentos publicitários resolvem, não venha a deitar para o lixo o bilhete premiado que nos saiu. Há que cuidar da maneira de distribuir essa sorte por todos e não apenas pelos que se chegam mais depressa à frente. A situação não se resolve pelo dinamismo dos mais 'espertos'. Resolve-se pelo dinamismo responsável dos precursores, e isso exige políticas públicas, socialmente mais informadas, melhor acompanhadas, avaliadas e comunicadas.
De resto, não vale a pena andar à procura de petróleo no Beato mesmo que ele lá esteja (como parece que está). O país dispensará no futuro esse pesado visco negro do qual tanto depende. O século agora é outro; e, mais ainda, o milénio é outro: o das renováveis e da qualificação ambiental. A saída da crise passa por aqui.

Perguntar não ofende

O Plano Nacional de Barragens propõe-se construir mais dez. O primeiro-ministro, coadjuvado pelo seu afinado coro governamental, assegura que elas vão gerar emprego e electricidade. Mas que tipo de emprego e quanta electricidade? E tudo isto destruindo que montante de valor ambiental e económico noutros sectores? Eis perguntas simples, de bom senso, que a nossa opinião pública nunca merece ver respondidas de forma clara e sincera.

Mas há mais. O que vai acontecer aos caudais ecológicos dos rios intersectados? Que efeitos produzirão as novas barragens na erosão costeira, devido à retenção de sedimentos? Quanto CO2 será efectivamente reduzido? E, considerando as alterações climáticas, haverá água para todas as barragens planeadas sem afectar os outros usos? Qual o contributo destas gigantescas obras para a nossa autonomia energética?

Estas e outras perguntas vão ter de ser agora respondidas aos peritos que a UE vai nomear para analisar o megaplano de barragens que lhe pareceu pouco ajustado aos valores que o Governo apresentou quanto aos ganhos ambientais ao nível das emissões de CO2 e quanto aos caudais ecológicos dos rios.

Por outro lado, está longe de ser clara a ligeireza com que se exclui à consideração um plano alternativo de pequenas barragens construídas a jusante das já existentes - os chamados contra-embalses - para, em articulação com as eólicas, aproveitar a electricidade que não se gasta durante a noite bombeando água para montante e gerar, desse modo, mais energia nas horas de maior consumo. E, já agora, porque não são os Planos das Bacias Hidrográficas, actualmente em elaboração, a determinar a localização das barragens que forem necessárias? Porque nunca se debatem com clareza as vantagens e desvantagens destas grandes obras?

A do Sabor, no último rio selvagem da Europa, vai custar quanto em termos de perda ambiental, paisagística e turística?

E tudo isso para justificar 0,3% (sim 0,3%!) das nossas necessidades totais de energia eléctrica? Tal como a do Tua, com graves impactes nas vinhas da Região Demarcada do Douro e na lendária linha de comboio, para um contributo de 0,5% (sim, 0,5%!)? Não seria antes de investir na requalificação da célebre linha do Tua, prolongando-a até Bragança e daí até Puebla de Sanábria? Também é obra pública!

Só um debate aberto, baseado em conhecimento e em dados, nos permite perceber com seriedade, se estamos a avançar para estas grandes obras em nome de uma política racional de energia, ou em nome de outras coisas que podem dar jeito agora, mas que lesam irreparavelmente o interesse público.

Perguntar ofende

O que nem merece interrogações é a ideia peregrina de explorar urânio em Nisa. Basta relembrar o que aconteceu na Urgeiriça, onde esta opção foi, e ainda é, ruinosa em termos paisagísticos, ambientais e de saúde pública. Neste caso ainda é mais grave, porque Nisa tem já 20 anos de investimento consistente e produtivo no polígono - paisagem, turismo, termalismo, produtos biológicos - gerando emprego, conhecimento e dinâmica comercial.

E não venham falar em contrapartidas dos postos de trabalho, os quais, neste caso, além de precários e desqualificados, irão liquidar outros empregos sustentáveis que têm vindo a ser criados.

Agências energéticas

As boas notícias vêm da actuação de algumas agências de energia, entre as quais as de Lisboa e Porto, ambas presididas por duas personalidades respeitadas e energéticas: Delgado Domingos em Lisboa (E-nova) e Oliveira Fernandes no Porto (AdEPorto).

Lisboa já instalou os primeiros pontos de carregamento na rua para veículos eléctricos; iniciou a monitorização na iluminação pública através de sensores que apagam as luzes não necessárias (o que permitirá poupar até 200 mil euros por ano); vai optimizar o desempenho energético dos edifícios da CML; começará em breve a utilizar semáforos LED que consomem muito menos energia; bem como painéis solares para aquecer as piscinas municipais.

No Porto, onde a agência é mais recente, prepara-se a instalação de água quente solar em todo o parque residencial, a começar pela habitação social; aposta-se no bom desempenho energético das piscinas, escolas, lares, centros de saúde e hospitais; racionaliza-se a iluminação pública. Voltaremos ao assunto.

 

Luisa Schimdt no Expresso

 



publicado por joselessa às 15:27
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Elogio do Livro Realmente Mau

Consegui finalmente descobrir quem se prontifica a disciplinar-me a biblioteca, arrostando com a esquisitice catalogante que não desisto de propugnar. E se alguma vez acalentei o propósito de entretanto me desfazer de uma boa braçada de espécies irrelevantes, cedo concluiria eu que possui muita força o hábito, e não menor a perversão do gosto. Só de longe a longe me aparece agora um título negligenciável, a meter no caixotinho que tenciono enviar de presente a um querido amigo, ainda mais interessado do que eu no trash que faz virar, contorcida num esgar de nojo, a focinheira dos bem-pensantes. São tantos os livros reles, suscitadores da minha maravilha, que não raro me interrogo sobre a legitimidade, ou sobre a delícia, de fundar uma basta secção de reservados hediondos, não menos honrosa do que a colecção oficial.

Há aqueles que alguém me ofereceu com afecto, ou com esperança, ou com cândido orgulho, o que tudo conforma um bouquet de sentimentos respeitáveis. Mas existem também os que beneficiam de uma capa de qualidade, incompaginável com a ineficácia do miolo, e os que a exibem tão asquerosa que não poderão deixar de enriquecer, incomparáveis peças, um museu imaginário de horrores. Impõem-se ainda os que contêm a dedicatória esdrúxula, ou patética, ou simplesmente cómica, e que devem por isso permanecer à mão, a fim de me alegrar o serão de Inverno, passado em calorosa companhia. Como alienar depois esses que, monos evidentes que o tempo como tal consagraria, foram pernosticamente saudados, ao surgirem, como "um acto extremo de criação", susceptível de bloquear, e sem apelo nem agravo, a literatura pátria ao longo dos próximos cem anos?

Tenho verificado que entre escritores, e sobretudo quando se trata de avaliar contemporâneos, se fala muito mais, ou com entusiasmo maior, das deficiências das obras do que das respectivas vantagens. Nada pois como conservá-las ao alcance, e de forma a ilustrar com leituras adequadas o desfavor com que as olho, e que alimenta o meu ego de presumível melhor. Daí até expulsar das prateleiras aquilo que se mostra incontestavelmente valioso, e portanto inútil, ou deletério, não irá mais do que um saltinho de pardal. E se não me restou espaço disponível para os tesouros que o futuro me trouxer, que importará isso, se a lixeira que acumulei, e que sinceramente estimo, preencher algumas horas dos pobres dias que vou gastando?

Bem vistas as coisas, não haverá livro que mais me toque do que o que for, se o critério "correcto" me não enganar, o que se chama "realmente mau".

 

Mário Claudio no Expresso



publicado por joselessa às 15:23
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A paixão segundo Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro

O sofrimento, meus caros amigos, é o verdadeiro significado da palavra paixão. Vem da palavra latina passione que indicava uma agonia intensa e prolongada. Aos jovens que compuseram esta revista, escapou este significado porque, sendo eles todos ainda gente com menos de 80 anos, nem sequer aprenderam essa coisa básica que é falar latim. Mas adiante...

Munido eu deste conhecimento etimológico de paixão, que me ocorreu? Pois bem, ocorreu-me falar da pessoa que nos últimos tempos tem sofrido uma agonia intensa e prolongada: o Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro, suspeito de ter recebido luvas num negócio cujo nome não me ocorre de momento.

Este Zezito, tal como Cristo, sofreu ao longo dos últimos tempos um autêntico Calvário. Não, que possa ser comparado com Nosso Senhor (até porque Este último nem tinha um curso de Engenharia nem nada), mas porque percorre também as Estações de uma Via Sacra cheia de escolhos e traições. Claro que nem foi condenado à morte (mesmo política), nem sequer obrigado a carregar uma cruz, embora em tempos já tenha alombado com o professor Freitas do Amaral no governo. Mas, tal como Cristo nas terceiras e quartas estações da Via Crucis, também ele já escorregou uma vez (no caso da licenciatura) e também encontrou sua mãe (cujo nome foi envolvido sabe-se lá porquê). E se Simão Cireneu não apareceu para ajudá-lo, como surgiu ao Senhor na V Estação, teve a interceder por ele o ministro Pedro Silva Pereira, na SIC, durante meia-hora. Como podemos também registar que a sua Santa Verónica (a mulher que limpou o rosto de Jesus) acaba por ser a jornalista Fernanda Câncio que lhe limpa o nome nas crónicas.

Acresce que o Senhor cai pela segunda vez na VII Estação, e o Zezito cai pela segunda vez na questão das casas de Valhelhas e arredores da Guarda. Um pouco depois, se um encontra as mulheres de Jerusalém, o outro encontra as mulheres do PS. E dá-se, então, a terceira queda: no caso do Zezito foi a trapalhada do Freeport (agora me recordo subitamente do nome da coisa).

Daqui para a frente não sei o que acontece ao sobrinho do senhor Júlio Monteiro, mas posso relatar o que aconteceu ao Jesus da Galileia: foi despojado das vestes (X Estação), é pregado na cruz (XI), morre na cruz (XII), está nos braços de sua mãe (XIII) e é enterrado (XIV).

Pois bem, o Zezito não deve ficar nu na praça pública e menos ainda ser pregado numa cruz, morto e enterrado. Mas não deixa de ser curioso que a maioria de vós não tenha achado que esta comparação faça o mínimo sentido.

Porém, ela faz e de que maneira!

Porquê? Perguntais vós, céleres na condenação de um homem que se vê arrostar com uma cruz, ladeira acima, rumo ao Gólgota, ao passo que uma multidão o invectiva, lhe chama nomes e se ri com escárnio da sua desgraça.

Qual a semelhança que não descortinais, gente ímpia e sem misericórdia?
Que liga Nosso Senhor Jesus Cristo ao nosso Zezito, sobrinho do senhor Júlio Monteiro? Que parte essencial da história partilham eles?

Não descobris? Não sabeis? Pois eu digo-vos:

É que ambos são inocentes!

Se nunca pusestes esta hipótese é porque não sois verdadeiros cristãos dignos desse nome.

E isso deve preocupar o Zezito...

Comendador Marques de Correia



publicado por joselessa às 15:21
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Um dia acordamos e descobrimos que a Oposição desapareceu num buraco negro

Existe a séria hipótese, sustento eu, de a Oposição desaparecer num buraco negro um dia destes. Bem, o buraco não precisa de ser propriamente negro; nada disso! Pode ser, por exemplo, um buraco de outra cor qualquer. Ou mesmo um buraco sem cor nenhuma, o que, na realidade e de acordo com a Física, será um buraco negro, já que um buraco de todas as cores será um buraco branco.

Se a oposição desaparecer num buraco branco, ficará com o seguinte aspecto:

Porém, é pouco provável que isso aconteça. O mais certo é desaparecer por um buraco que tenha o aspecto do dr. Mendes Bota, embora mais bem feito, ou então por uma ranhura do tamanho do dr. Marques Mendes, mas mais silenciosa, ou ainda por uma fresta com a aparência da Drª. Manuela Ferreira Leite, mas com mais apoios internos.

Seja como for, a Oposição corre o risco de desaparecer. E isso é trágico. Sem Oposição, o país fica à mercê da Posição, o que significa que reduz as escolhas. Porque, se em Portugal ficar apenas a Posição, dever-se-á abrir um processo interminável e sem prazo no Ministério Público para estabelecer que posição é essa.

Uma boa hipótese é ficarmos com a posição socrática, em homenagem às preferências do professor Augusto Santos Silva e de pouquíssimos outros professores.

A posição socrática, como sabereis melhor do que eu - mas pior do que um Filósofo de Lovaina -, caracteriza-se talvez por ser dúbia. Aliás, o próprio dizia que apenas sabia que nada sabia e acrescentava que as suas posições filosóficas eram, na realidade, roubadas a Pródico e a Anaxágoras de Clazómenas. Os seus inimigos acusaram-no de corromper a juventude e de ter inventado os nomes Pródico e Anaxágoras só para divertir a imprensa da época, que fez uma campanha negra contra ele. Numa palavra, foi um trapalhão, e acabou por morrer por beber cicuta a mais (bebida que faz bastante mal).

Seja como for, só com uma Posição, Portugal jamais iria longe, porque não podia sair dessa Posição, por falta do seu contrário que é a Oposição. Espero que isto seja tão pouco claro para os que me lêem como o é para mim, mas entendo que as coisas devem ser deixadas assim.

Há, ainda, a questão de saber se a Drª Manuela Ferreira Leite chega às eleições. Uma hipótese é pôr-se em cima de um banco, ou pelo menos do professor Borges, ou do dr. Pacheco Pereira, e tentar desse modo lá chegar. Porque, meus caros, se ela não chegar, não vão ser, com certeza, o dr. Paulo Rangel ou o dr. Marques Mendes a chegar lá. Nesse caso deviam tentar o Dr. Paulo Mota Pinto, que tem quase dois metros e consegue olhar de frente o quadro de David 'A Morte de Sócrates', mesmo que o pendurem exageradamente alto numa parede.

Enfim, há coisas com que ninguém deve brincar, nem mesmo a JSD, mas que é necessário serem ditas. Entre elas está, sem dúvida, a palavra assim-assim.

Gostaria, por último, de saber onde ficou esta crónica, mas temo ser obrigado a reconhecer que ela está naquele buraco branco à esquerda, mesmo por cima da ilustração. Se não estiver aí, aqui também não está de certeza.

Envio a todos os meus respeitos

 

COMENDADOR  MARQUES CORREIA NO EXPRESSO



publicado por joselessa às 15:16
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SÃO ESTES OS COVEIROS DA NOSSA PÁTRIA...
O Falcon do Estado. Há viagens por pagar
O Falcon do Estado. Há viagens por pagar
Tiago Miranda

 

Uma viagem de Falcon do ministro da Economia à Alemanha, em Dezembro de 2005, para visitar a Volkswagen, nunca foi paga à Força Aérea. A factura, no valor de 19.561 euros, foi enviada pelo gabinete de Manuel Pinho para a Agência para a Promoção do Investimento - API - mas Basílio Horta recusou-se a pagar. Pinho reenviou-a à API e a agência reenviou-a ao Ministério. Agora ninguém sabe onde está a factura.

Em declarações ao Expresso, Luísa Neiva de Oliveira, secretária-geral da AICEP (actual Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e resultado da fusão da API com o extinto ICEP), confirma que se recusaram a pagar a despesa. E explica porquê: "Recebemos de facto essa factura mas, por razões orçamentais, decidimos não a pagar. Não tínhamos inscrita no orçamento da Agência nenhuma rubrica para dar cobertura a este tipo de despesas e sendo o nosso orçamento muito à justa, como aliás continua a ser, não tínhamos possibilidade de efectuar o pagamento".

A secretária-geral da AICEP diz, no entanto, que nunca chegou a ver a factura porque "a decisão de não a pagar foi tomada pela administração, que nunca chegou, por isso, a enviá-la para os serviços". Basílio Horta era, já na altura, o presidente da agência e a decisão foi dele. Contactado pelo Expresso, não quis comentar o assunto.

Ordem para calar

Manuel Pinho, que passou a semana a acompanhar Cavaco Silva numa visita oficial à Alemanha, deu, mal chegou, instruções ao seu gabinete para que não comentasse oficialmente o assunto.

Informalmente, fonte do Ministério explicou ao Expresso que a API existe para captar investimento estrangeiro e que a referida viagem à Alemanha se enquadrou em absoluto nesse objectivo, considerado vital para o país. Através do Ministério, o Expresso apurou também que um administrador da Agência, Renato Nunes, integrou a comitiva da viagem que ninguém pagou.

Quando a API devolveu a factura ao Ministério, este reenviou-a à Agência presidida por Basílio Horta. Estava-se em 2007 e, de então para cá, fontes da Economia dizem ter concluído que estava tudo normalizado.

O Ministério da Defesa confirmou, no entanto, ao Expresso que a factura está por liquidar, citando informação recolhida junto da Força Aérea. A questão - soube este jornal - terá provocado conversas cruzadas nos últimos dias neste ramo das Forças Armadas.

Mas esta não terá sido a única factura que Manuel Pinho deixou por pagar pelas suas viagens no jacto oficial. Em Julho de 2006, uma nova deslocação do ministro de Economia, também de Falcon, não foi paga. Desta vez o destino foi uma fábrica do grupo Ikea na Polónia que se viria a instalar em Portugal.

Na altura, a deslocação foi requerida via Protocolo de Estado, mas Pinho, os seus assessores e um jornalista foram os únicos ocupantes do jacto. A factura de 22.985 euros que custou esta viagem está por pagar até hoje. O Ministério da Defesa também confirma.

O Ministério da Economia alegou desconhecer este último caso, em que o reduzido número de ocupantes não permite a justificação avançada para outras hipotéticas utilizações do avião. Uma comitiva de 10 ou 12 pessoas poderá ter custos mais baixos em viagem de Falcon do que se for num avião comercial em classe executiva.

Cada hora de Falcon custa à Força Aérea cerca de 600 euros. O Expresso sabe que a FA tem um total de cerca de oito milhões de euros a haver em viagens e serviços ao Estado.



publicado por joselessa às 15:15
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