A música acalma
alma e sexo
revela
camadas de sentidos
suores extintos
sexo e alma
se intercalam
meio sem nexo
sde verão
a razão se cala
ego vira eco
gritos nitidos
mesclam-se
linguas e corpos
são um.
simultâneos
nossos corpos
brilham no vazio
entre penumbras,
sem perguntas.
ARISTIDES DE SOUSA MENDES
É bom relembrar a História deste Homem.
Ao aproximar-se o 60º aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem, é bom relembrar o passado de um Homem que devia figurar em todos os compêndios escolares, para muitos o maior Humanista Português.
Desafiando o regime salazarista, salvou da morte milhares de refugiados, sobretudo Judeus, através da concessão de vistos quando éra Consul de Portugal em Bordéus.
Tais atitudes custaram-lhe a carreira e a vida familiar, sobrevivendo graças à solidariedade e acabando na miséria.
Foi tardiamente reconhecido pelo estado português, ao contrário do povo Israelita, que lhe prestou homenagem por diversas ocasiões.
Não obstante o heroismo deste diplomata, e o esforço de algumas entidades, a sua antiga casa, em Cabanas de Viriato, continua em ruínas aguardando a sua transformação em Museu.
Não será digna e urgente preservar desta forma a memória de quem dignificou um povo e uma nação, neste caso a PORTUGUESA?
Ou iremos mais uma vez assistir ao completo esquecimento de um Homem como nenhum outro se comportou com uma dignidade impar?
Eu espero que pelo menos uma vêz esteja o governo de Portugal á altura de um ilustre Homem a quem um dia os seus País dera o nome de ARISTIDES DE SOUSA MENDES.
O Pintor que venceu a Leucemia
Leandro Machado
Pintor
Uma Leucemia aguda colocou-o no corredor da morte em 2004,masLeandro, 27 anos, fintou a doença com a mesma arte que coloca nas telas, O artista está de volta com uma exposição.
Dia 21 de Fevereiro, Leandro não mais esquecerá este dia em que chegou a sua casa em Sever do Vouga, cansado e disse à mãe, Helena, que se sentia doente, sem forças.
Um Médico amigo mandou-o fazer análises.
O grito de Helena fez eco no Hospital quando a Médica lhe disse que o filho, na altura com 24 anos, tinha Leucemia aguda, que o podia matar em poucas semanas ou meses.
Já nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde esteve sete meses e onde fez transplante de medula ossea.
Muitos anónimos, bem como familiares e amigos, deram sangue na tentativa de salvar Leandro, mas foi sua irmã Raquel, dois anos mais velha que acabou por o salvar.
A compatibilidade que sempre mostraram na vida consolidou-se em 30 de Março de 2005, dia do transplante.
O pós-transplante foi a pior fase "foi mil vezes pior que a quimioterapia" afirma Leandro.
Com grande lucidez disse Leandro;
"TINHA DE CUMPRIR TODAS AS INDICAÇÕES QUE OS MÉDICOS ME DAVAM, PARA NÃO DESILUDIR A MINHA FAMILIA E OS AMIGOS, TINHA DE CUMPRIR A MINHA PARTE DA MISSÃO PARA NÃO SER MAIS UM A SAIR DE MACA COM UM LENÇOL POR CIMA, COMO MUITOS DOS QUE CONHECI NO HOSPITAL".
No próximo Sábado dia 15 de Novembro e até dia 30, vai mostrar no CENTRO DE ARTE DE SEVER DO VOUGA, "Pinceladas de sonho, sossego e medo" , uma mostra de 26 telas que não sendo o filme dos seus últimos anos, podem retratar o que sentiu.
Vão ver o artista e não o recuparado, como ele pede e sugere.
FICAREI FELIZ E SATISFEITO SE A MINHA VIDA ENCORAJAR ALGUEM.
OBRIGADO LEANDRO PELO LIÇÃO DE VIDA QUE ME TRANSMITISTE E QUE EU AQUI PUBLICO PARA QUE QUEM LER NÃO FIQUE INDIFERENTE AO QUE A VIDA TE RESERVOU E A TANTOS ANÓNIMOS E ANÓNIMAS QUE PASSAM O QUE TU PASSASTE.
UM DIA DESTES A GENTE VE-SE POR AI...
TEREI ENTÃO OPORTUNIDADE DE TE ABRAÇAR E CONHECER ,JÁ QUE APENAS TE VI EM FOTO E UMA TELA TUA MUITO BONITA, POR SINAL.